Não quero ficar fazendo balanço do ano e muito menos promessas para o ano que vem. Não quero falar de mim. Não quero.
Quero falar de ti. Do quanto você me ensinou durante esse ano, do quanto foi especial, intenso, tão verdadeiro, que às vezes eu pensava que estava dentro de um filme, de tão perfeito.
Perfeito. Os nossos momentos. Perfeito. As nossas encenações de novela mexicana. Perfeito. O nosso amanhecer e entadercer e anoitecer, cheios de preguiça e mais cinco minutinhos...
Senti umas coisas estranhas, você me fez perder alguns medos e ganhar tantos outros. Me fez ver que é bacana pra caralho compartilhar as coisas, mas também me fez ter certeza de que eu não consigo ficar muitas festas sem despirocar e fazer alguma merda, por menor que seja. Mas merda por merda, você também faz muitas.
E é por causa de uma dessas suas merdas que a gente vai terminar o ano assim. Sem saber o que será no ano que vai chegar.
Tô pensando, pensando e pensando...Medindo, calculando...Porra! Eu tava me jogando e agora tô aqui refletindo sobre sentimentos metafísicos, amores platônicos e que estavam escondidos.
Tudo por causa do meu jeito de olhar?
Posso ter sido influênciada pela onda machadiana, mas você, naquele momento, me pareceu tão obssessivo quanto nosso amado Bentinho.
E a resposta para o dilema, traiu ou não traiu, só eu é que sei.
Abracinhos.